Diário Financeiro

23 de Fevereiro de 2017
Diário Financeiro 24.02.2017

De acordo com o instituto GfK, o sentimento entre os consumidores alemães deverá piorar em Março. Com efeito, este organismo estima que, em Março, o indicador de confiança dos consumidores caia para 10 pontos, -0.2 pontos do que no mês anterior. A publicação deste indicador aprofunda ainda os desenvolvimentos durante o mês de Fevereiro, revelando que alguns factores pesaram na confiança dos consumidores nesse mês. Assim, o índice que avalia as expectativas económicas reduziu em 11.9 pontos para 9.7 em Fevereiro, possivelmente a reflectir as preocupações dos consumidores quanto à incerteza e ao impacto na economia mundial das políticas da Administração Trump. O plano para a adopção de medidas proteccionistas e o impacto que essas políticas poderão ter em certas indústrias alemães fortemente exportadoras reflectem-se num maior receio quanto à possibilidade de perda de empregos, de acordo com a GfK. Ao mesmo tempo, a recuperação da taxa de inflação na Alemanha para níveis consideráveis pesou na apreciação dos consumidores quanto às expectativas do rendimento (o índice diminuiu em 10.2 pontos para 48.1). Neste sentido, também a propensão ao consumo registou uma queda, ainda que em menor dimensão do que no outro indicador (-6 pontos para 51.6).

Nos EUA, o mercado de trabalho continua a apresentar bons indicadores. Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego aumentaram 6 mil na semana terminada em 18 de Fevereiro, para um total de 244 mil. A média móvel das últimas quatro semanas, uma medida menos volátil na análise deste indicador, diminuiu em 4 mil para 241 mil, o nível mais baixo desde 1973. Adicionalmente, os pedidos continuados de subsídio de desemprego caíram 17 mil na semana terminada em 11 de Fevereiro, totalizando 2.06 milhões.

Nos mercados financeiros, a sessão foi de perdas para o Nasdaq e o S&P 500, ainda que em menor dimensão do que o primeiro. O Dow Jones, no entanto, seguiu a valorizar, transaccionando perto dos 20,800 pontos. Na Europa, o cenário foi semelhante; ainda assim, o IBEX 35 registou um desempenho em contraciclo com o resto das bolsas do Velho Continente. O Brent valorizou mais de 1%, ultrapassando os USD 56.