Diário Financeiro

24 de Maio de 2017
Diário Financeiro 25.05.2017

Os consumidores alemães mantêm-se muito confiantes em Maio, oferecendo suporte confiável e permanente à economia alemã. De facto, esta situação reflecte as expectativas bastante animadoras em relação à evolução futura da actividade económica e do rendimento das famílias. Contudo, a propensão à compra caiu ligeiramente, mas ainda permanece em níveis elevados. A empresa GfK prevê que a confiança dos consumidores alcance 10.4 pontos em Junho, que é 0.2 pontos acima do valor de Maio (10.2). Os alemães vêem a economia doméstica como definitivamente em ascensão, neste final de Primavera de 2017. Isso é evidenciado pela melhoria nas expectativas económicas de Maio e Junho, que atingiram novos máximos de dois anos. A expectativa de rendimento melhorou significativamente após recentes aumentos salariais.

A Moody’s baixou a notação da dívida chinesa de longo prazo pela primeira vez desde 1989, face às expectativas de que a saúde financeira da segunda economia mundial se ressinta nos próximos anos, enquanto a dívida global aumenta. Agência de notação financeira norte-americana anunciou a redução da nota atribuída à dívida pública da China de “Aa3” para “A1”, prevendo que as autoridades aprovem mais estímulos económicos. Este facto não é em si surpreendente já que em Março do ano passado a Moody’s tinha alterado o “outlook” do país de “estável” para “negativo”. E é sabido que passado o período temporal entre 6 a 12 meses, a alteração da apreciação do país deveria conduzir a uma alteração de rating, como acabou por acontecer. Depois de conhecida a decisão da Moody’s, a bolsa de Shanghai caiu para o nível mais baixo dos últimos sete meses, ao mesmo tempo que o yuan e o dólar australiano também perderam terreno face ao dólar, com o aumento do risco associado à China. A importância que Pequim atribui à manutenção de um forte crescimento económico deverá traduzir-se em maiores estímulos, o que contribuirá para o aumento da dívida, indica a agência. Entretanto, estão em curso reformas que deverão transformar o sistema económico e financeiro chinês, mas há uma boa probabilidade de, simultaneamente acontecer um ainda maior endividamento de toda a economia, com impacto nas contas públicas. A decisão da Moody’s ocorre no actual momento de abrandamento da economia chinesa que, nas últimas décadas, passou de ritmos de crescimento de dois dígitos para 6.7%, em 2016.