Diário Financeiro

17 de Julho de 2017
Diário Financeiro 18.07.2017

O dia foi marcado pelas notícias de crescimento ligeiramente mais elevado do que o expectável na China. A economia chinesa terá crescido 6.9% yoy no 2º trimestre deste ano, ao mesmo ritmo do que nos primeiros 3 meses do ano, e uma décima acima do esperado pelo mercado. Apesar de uma desaceleração no ramo do imobiliário, o aumento das exportações (depois de vários anos de quebra) está a ajudar a suportar a expansão económica. Estes dados favoreceram o comportamento dos metais nos mercados, fazendo com que o preço do cobre, zinco e ferro avançassem, respectivamente, 1.5%, 1.7% e 4.4%. Além disso, este crescimento ajudou também ao suporte dos preços do petróleo, que assim se manteve apesar de notícias de uma diminuição da taxa de implementação dos cortes de produção da OPEP. Assim, o WTI manteve-se acima dos USD 46, enquanto o Brent negociava pouco abaixo dos USD 49.

Ontem começou a 2ª ronda de negociações do Brexit, entre o Reino Unido e a União Europeia, tendo vindo à tona algum desacordo entre membros do executivo britânico em relação a este processo. David Davis e Michel Barnier, negociadores principais, respectivamente, do Reino Unido e União Europeia, deram início a uma ronda de 4 dias de negociações, que lidará com algumas prioridades identificadas: os direitos dos cidadãos comunitários no Reino Unido, as obrigações financeiras de Londres, entre outras. Apesar da expectativa de que estas negociações tragam já alguns avanços, registaram-se divisões públicas quanto a alguns aspectos do processo, nomeadamente quanto à duração de alguns acordos previsivelmente transitórios. Estas diferenças tornadas públicas levaram a libra a moderar depois de um máximo de algumas semanas (0.874), negociando agora perto de 0.878.

O EUR/USD continua robusto acima de 1.14, entre 1.143 e 1.149, sendo que os dados da inflação na Zona Euro não trouxeram grandes surpresas, apesar da ligeira desaceleração. Os preços aumentaram 1.3% em termos homólogos no mês de Junho, menos uma décima do que no mês anterior. No entanto, a inflação core subiu em 0.2 pontos percentuais para 1.2%, uma décima acima do esperado pelo mercado. Em termos mensais, os preços estagnaram em Junho, sendo que a inflação core mensal foi 0.2%.