Comentários de Mercado

1 de Setembro de 2017
Comentário Semanal 04.09.2017

Analisando os factores mais relevantes no contexto político e económico, tanto nos EUA como na Zona Euro, pode-se equacionar a sua importância e pertinência no condicionamento da evolução futura das economias e dos mercados. Para além do andamento económico nas duas margens do Atlântico (e que iremos enumerar os dados económicos divulgados recentemente) há que considerar factores políticos que podem ter relevância económica futura. No caso dos EUA, a situação política em Washington está a gerar preocupação aos vários agentes económicos, surgindo um clima de incerteza no mundo empresarial e dos negócios – a possibilidade de shutdown (a falta de apoio político imediato para a ultrapassagem do tecto estipulado da dívida da Administração pública norte-americana, com data limite de aprovação no Congresso no final de Setembro, pode levar ao encerramento dos serviços públicos com consequências económicas); as políticas fiscais e de obras públicas estruturantes prometidas como geradoras de actividade económica adicional (estas políticas tardam em ser aprovadas e implementadas e são consideradas como essenciais para manter suportado o actual nível de crescimento económico); os prejuízos causados pelo furação Harvey (apesar de ser um fenómeno regional imprevisto, já é considerado devastador em termos económicos, deverá ter igualmente repercussão futura nos indicadores económicos). Na Europa as tensões políticas foram minoradas após a vitória de Macron nas presidenciais e legislativas francesas (Maio e Junho), estando em causa o modelo e moeda europeus. As eleições legislativas alemãs de dia 24 de Setembro não trarão, à partida, factos inesperados, pois não existem clivagens políticas em confrontação e a Chanceler Merkel da União Democrata Cristã (CDU) deverá ganhar com clara vantagem ao Partido Social-Democrata (SPD). Deve-se ainda acrescentar a existência de um risco geopolítico global resultante da tensão bélica existente entre os EUA e aliados e a Coreia do Norte.