Diário Financeiro

25 de Julho de 2017
Diário Financeiro 26.07.2017

O euro registou hoje um máximo desde Agosto de 2015, nos 1.1711, atingido no seguimento de uma renovada subida da confiança dos empresários alemães. De acordo com o Ifo, o sentimento dos empresários da maior economia europeia registou um máximo histórico em Julho, suportado por uma expectativa muito positiva por parte da indústria de manufacturas; o sector espera um aumento nas já bastante robustas exportações alemãs, mesmo apesar do aumento do valor do euro. O indicador foi, além disso, motivação para uma maior tomada de risco por parte dos investidores, levando a subidas nas principais bolsas europeias: o Euro Stoxx subiu 0.7% (o PSI 20 acompanhou a tendência, subindo 0.3%).

Outra notícia positiva para a conjuntura europeia foi o regresso da Grécia aos mercados da dívida. O tesouro helénico procedeu a uma emissão sindicada de dívida a 5 anos, tendo angariado EUR 3 mil milhões, no primeiro teste aos investidores desde 2014, antes das eleições que levaram Alexis Tsipras ao poder. O yield acordado deverá ter rondado os 4.625%, abaixo da marca inicial de cerca 4.875%. A procura superou os EUR 6.5 mil milhões. Este desenvolvimento segue-se ao anúncio de um novo empréstimo condicional acordado com o FMI, que deverá depender de um alívio da dívida grega por parte da Zona Euro; segue-se igualmente à conclusão com sucesso da 2ª revisão do resgate da União Europeia, e do desembolso da primeira parte de uma tranche de EUR 8.5 mil milhões pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade a 10 de Julho.

De resto, os investidores estão na expectativa para a reunião de amanhã da Reserva Federal, onde não se prevêem alterações na taxa de juro de referência. Poderá, no entanto, ser dada alguma indicação sobre o processo de redução da balança de activos da Fed, o que se poderá já iniciar este ano. Nesse sentido, poderá haver espaço para algum fortalecimento do dólar, no caso de haver desenvolvimentos dessa ordem. As bolsas americanas estavam em terreno positivo na altura de conclusão desta nota, ancoradas em resultados trimestrais robustos por parte de várias empresas.