Mercados Financeiros

11 de Setembro de 2017
Mercados Financeiros Setembro 2017

Os bancos centrais dos principais blocos económicos mundiais vêm a sua tarefa complicada face à necessidade de redução do grau acomodatício (extremo) das políticas monetárias e ao actual contexto de inflação em baixa persistente. Nos EUA, os efeitos das condições climatéricas adversas actuais tenderão a dificultar a leitura dos indicadores económicos nos próximos meses, introduzindo mais incerteza e dificultando a interpretação do mercado, em vésperas de mais um aumento de taxas esperado até final do ano. Na Zona Euro, a recente trajectória da taxa de inflação e os efeitos antecipados da valorização do euro – cerca de 5% em termos médios efectivos – justificam também redobrada precaução. Será, pois, em Outubro que o BCE comunicará os detalhes da abordagem para 2018, mantendo-se a expectativa de que ocorra mais uma redução do programa de compra de activos a partir de Janeiro. Efectivamente, se a taxa de inflação tarda em aproximar-se da fasquia objectivo, o ritmo de crescimento económico na UEM alcançou máximos de uma década (excluindo o ressalto técnico após a grande recessão) e a informação do mercado de crédito na zona euro deixa transparecer uma tendência para a normalização – o crédito ao sector privado cresce em torno de 2.5% e há um estreitamento dos diferenciais dos juros praticados nas diversas economias.