Diário Financeiro

24 de Julho de 2017
Diário Financeiro 25.07.2017

Segunda-feira foi um dia relativamente calmo nos mercados, com a informação dos indicadores PMI a mostrar um relativo abrandamento na Zona Euro. De facto, na Zona Euro, os indicadores PMI desaceleraram: o indicador das manufacturas registou 56.9 pontos em Julho, menos 1.8 pontos que no mês anterior, enquanto os serviços se mantiveram exactamente ao mesmo nível de 55.4 pontos. Em resultado destas evoluções, o indicador compósito abrandou de 56.3 em Junho para 55.8 neste mês. A economia alemã registou uma quebra nos dois indicadores parciais, com as manufacturas a abrandarem para 58.3 pontos (59.6 em Junho) e os serviços a registar 53.5 (54.0 em Junho), levando o indicador compósito para 55.1 (56.4 no mês anterior). Em França, registou-se um abrandamento semelhante, com as manufacturas a marcar 54.8 pontos (menos 0.6 do que no mês anterior) e os serviços a fixar-se nos 55.9 pontos (menos 1.0 do que em Junho), o que fez com que o indicador compósito tivesse uma leitura de 55.7 pontos (56.6 em Junho). Apesar do abrandamento, a principal conclusão a retirar destes relatórios é de que a Zona Euro continua a registar aumentos da actividade bastante robustos (os indicadores continuam muito acima do nível de 50, que indica estagnação), sendo que é mais provável que este seja um abrandamento temporário do que o começo de um período de gradual desaceleração da actividade; principalmente porque as indicações de expectativas futuras continuam a registar crescimento, e continua a haver acumulação significativa de trabalho “em atraso”.

Do outro lado do Atlântico, os mesmos indicadores apontaram para uma recuperação de ritmo de crescimento nos Estados Unidos. Enquanto o sector dos serviços manteve o registo de 54.2 pontos em Julho, as manufacturas registaram uma subida para 53.2 pontos (52.0 em Junho), elevando assim o indicador compósito para 54.2 (mais 0.3 pontos do que no mês anterior).

No resto da semana, espera-se que não haja alterações na política monetária norte-americana, embora os investidores devam estar atentos ao discurso de Yellen, de modo a tirar conclusões sobre política futura. Por outro lado, serão divulgadas as primeiras estimativas do PIB do 2º trimestre, quarta-feira para o Reino Unido, e sexta-feira para Estados Unidos, Espanha e França.