Portugal obteve um excedente de 190 milhões de euros (ME) na balança corrente do primeiro trimestre de 2017, contra um défice no período homólogo, com melhorias no rendimento secundário e na balança de serviços, segundo dados do Banco de Portugal. Há um ano atrás a balança corrente apresentou um défice de 68 ME. Segundo o Banco de Portugal, a balança de bens e serviços apresentou um défice de 134 ME, o que compara com um excedente de 66 ME no mesmo período de 2016, influenciado pela evolução da balança de bens. Para esta evolução, contribuíram todas as componentes da balança corrente e de capital, com excepção da balança de bens e da balança de rendimento primário. O défice da balança de rendimento primário aumentou 188 ME, tendo passado de 347 para 535 ME, influenciado pela redução dos rendimentos de investimento recebidos do exterior. Já o saldo da balança de rendimento secundário aumentou 501 ME, justificado pela variação das transferências correntes recebidas e pela diminuição da contribuição financeira paga à União Europeia.
Nos EUA, os pedidos iniciais de subsídio de desemprego diminuíram em 4 mil para um valor ajustado sazonalmente de 232 mil, na semana terminada a 13 de Maio. Valores vistos somente em 1973 e que indicam uma situação de quase pleno emprego, já que a taxa de desemprego se encontra em níveis historicamente baixos. Os analistas já estavam a antecipar uma viragem no ciclo e, por isso, um aumento de 240 mil pedidos. A média móvel das últimas quatro semanas, considerada a melhor medida da evolução do mercado de trabalho, já que reduz a volatilidade, caiu 2.750 para 240.750 na semana passada, o menor nível desde Fevereiro. Já o indicador avançado, calculado pela Conference Board, registou uma variação mensal de 0.3% em Abril, ligeiramente mais baixo que os 0.4% de Março. O factor “Trump” passou de factor gerador de expectativas positivas ao nível dos agentes económicos para um factor de cariz mais negativo, dados os riscos políticos entretanto surgidos e que podem vir, de algum modo, condicionar a actuação e gestão da Administração Trump ao nível das políticas a serem aprovadas no Congresso, com o apoio republicano.