Diário Financeiro

13 de Julho de 2017
Diário Financeiro 14.07.2017

As bolsas têm estado positivas, com destaque para o Dow Jones, que na sessão de quarta-feira renovou um máximo histórico, estando a subir ligeiramente nas primeiras horas de quinta-feira. Por outro lado, também as bolsas europeias têm vindo a registar ganhos, sendo que a bolsa portuguesa subiu mesmo 2.0% na sessão de quinta-feira, particularmente devido a uma subida de 6.28% do BCP. De facto, em termos mais globais, a breve pausa do ciclo de normalização das taxas nos EUA, que se espera agora existir até Dezembro, aliada também com uma ausência de mais novidades em relação ao tapering no BCE, faz com que possa existir uma janela de oportunidade para um cenário mais propenso ao risco, elevando as bolsas. No caso da Reserva Federal norte-americana, o testemunho de Janet Yellen, ao não trazer muitas alterações, foi visto como uma confirmação de uma atitude ligeiramente mais expectante por parte da autoridade monetária do outro lado do Atlântico. Parece assim mais provável a já referida subida de taxa em Dezembro (e não em Setembro), tendo sido sublinhadas algumas dúvidas sobre a possível fraqueza de inflação e a pertinência da curva de Phillips – ou seja, começa a parecer mais duvidosa a ligação aparentemente directa entre mais emprego e mais inflação. Além disso, foi também referida a incerteza relativamente às políticas orçamentais e governamentais americanas. Ainda assim, confirma-se que a redução da balança de activos acontecerá, e que esta, sendo um processo longo e demorado (a terminar em 2022), não deverá ver o seu começo depender do desempenho próximo da inflação.

No mercado petrolífero, ontem foi dia de subidas ligeiras, voltando o Brent acima dos USD 48, e o WTI acima dos USD 46. Este fenómeno ocorre apesar de um novo relatório da Agência Internacional da Energia, que declara que o reequilíbrio no mercado entre oferta e procura ainda não está à vista.

O comércio internacional na China superou as expectativas, com os números de Junho a apontar para um crescimento económico sólido. As exportações subiram 11.3% yoy, acima das expectativas do mercado; por outro lado, as importações aumentaram 17.2%, um bom indicador. O superávite da balança comercial foi de USD 42.77 mil milhões, também acima das expectativas que apontavam para cerca de USD 42.4 mil milhões.