Diário Financeiro

26 de Junho de 2017
Diário Financeiro 27.06.2017

Um dos problemas políticos existentes no Reino Unido foi ultrapassado ontem de manhã com o acordo firmado entre Conservadores e o Partido Unionista, que permite aos primeiros governar em minoria (recorde-se que Theresa May perdeu recentemente, em eleições legislativas, a maioria absoluta que detinha no Parlamento britânico). De facto, Theresa May pelo Partido Conservador e Arlene Foster pelo Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte saudaram o acordo que, perante o interesse nacional (estão a decorrer os primeiros contactos com a UE27 com vista ao Brexit) garante um governo estável no Reino Unido. Não foram ainda publicados os termos do acordo, mas julga-se que foram garantidos aumentos do rendimento mínimo e médio dos pensionistas, definidos mais gastos na defesa nacional, para além do reforço dos gastos em infra-estruturas na Irlanda do Norte. Estão a decorrer os primeiros contactos entre Reino Unido e UE27 na discussão das principais questões levantadas pelo Brexit, nomeadamente ao nível dos europeus que vivem e trabalham do outro lado da Mancha, nomeadamente ao nível do direito de residência e de assistência à saúde. A libra, por sua vez, tem-se mantido bastante estável ao longo dos últimos dias.

O Instituto Económico Ifo, de Munique, referiu que o seu índice de clima de negócio, baseado na pesquisa mensal de cerca de 7.000 empresas alemãs, subiu de 114.6 para 115.1 pontos de Abril para Maio. Perante a expectativa dos analistas de um ligeiro decréscimo para 114.4 surgiu, inesperadamente, um valor máximo. Em comunicado, a instituição confirma que a economia alemã se encontra numa fase de grande pujança económica. O consumo privado foi um dos principais factores para esta performance, havendo ainda espaço para o crescimento das exportações. Tanto a avaliação dos gerentes de compras das empresas em relação à situação actual do negócio, como as perspectivas para os próximos seis meses, aumentaram. Perante este dado, o euro mostrou firmeza em relação às moedas rivais nas operações efectuadas no mercado cambial.

Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, as encomendas de bens duradouros caíram 1.1% de Abril para Maio. Foi o segundo declínio consecutivo (-0.9% em Abril). A produção manufactureira diminuiu após um início de ano sólido e o investimento em novos equipamentos subiu durante o trimestre de Janeiro a Março, mas estabilizou desde então. As encomendas de bens de capital, excluindo aeronaves e equipamentos militares, caíram 0.2% no mês passado, um sinal de que as empresas estão a reduzir o investimento. Ainda assim, o comportamento dos índices bolsistas norte-americanos foi positivo, encontrando-se próximo dos valores máximos recorde, depois de um ligeiro movimento de correcção ocorrido nos últimos dias.