Fundação "la Caixa" atribui 50 bolsas de estudo a estudantes sírios

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17-05-2018
  • A APGES - Plataforma Global de Apoio a Estudantes Sírios - liderada pelo ex-presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, e a Fundação Bancária "la Caixa", assinaram um Acordo de Cooperação ao abrigo do qual são criadas 50 bolsas de bolsas de estudo para jovens sírios poderem completar a sua formação superior.
  • Com uma contribuição de 710.000 euros, a Fundação Bancária "la Caixa" financiará 50 bolsas de estudo com uma duração de dois anos para estudantes sírios. Estas bolsas cobrirão as despesas de alojamento, alimentação e outros gastos, bem como outras atividades académicas.
  • A Fundação Bancária "la Caixa", a primeira fundação em Espanha e uma das mais relevantes a nível internacional, iniciou este ano a sua ação em Portugal, fruto da entrada do BPI no Grupo CaixaBank.

A Fundação Bancária "la Caixa" e a Plataforma Global para Estudantes Sírios vão conceder 50 bolsas a jovens sírios, para que possam prosseguir os seus estudos. Devido ao conflito na Síria, estes jovens foram forçados a fugir do país e, consequentemente, a abandonar os seus estudos.

O Programa de Bolsas Universitárias a Estudantes Sírios foi apresentado hoje numa cerimónia na Casa do Regalo, em Lisboa, com a presença de Jorge Sampaio, presidente da Plataforma Global para Estudantes Sírios, do presidente honorário do BPI, Artur Santos Silva, e do diretor Corporativo de Território e Centros da Fundação "La Caixa", Rafael Chueca.

Esta nova parceria visa proporcionar o acesso a estudos superiores a estudantes que se encontram em situação de emergência humanitária ou refugiados acolhidos em Portugal e Espanha e é uma ferramenta crucial para alcançar a igualdade de oportunidades e a integração social. Além disso, o Programa de Bolsas Universitárias a Estudantes Sírios pretende mitigar as consequências da guerra através de uma aposta na formação académica da geração que deverá reconstruir o país após o conflito.

Os 50 estudantes (idealmente 25 homens e 25 mulheres) beneficiarão de uma bolsa de dois anos para completar os seus estudos de licenciatura ou mestrado. A maioria dos bolseiros estudará em universidades portuguesas, e pelo menos cinco dos selecionados prosseguirão os seus estudos de licenciatura ou pós-graduação em universidades espanholas. A bolsa abrange o alojamento, a alimentação e outras despesas, bem como atividades académicas complementares ao curso principal. No total, a contribuição da Fundação "la Caixa" para a Plataforma Global para Estudantes Sírios é de 710.000 euros.

Sobre a Plataforma Global para Estudantes Sírios

A Plataforma Global para Estudantes Sírios é uma organização sem fins lucrativos fundada em novembro de 2013 pelo ex-Presidente da República Português, Jorge Sampaio, com o apoio de instituições parceiras, como o Conselho da Europa, a Liga Árabe, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Instituto de Educação Internacional (IIE), a Carnegie Corporation de Nova Iorque e a Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras.

É uma iniciativa única, que reúne os esforços e contribuições de vários parceiros disponíveis para apoiar estudantes sírios, através de um mecanismo de emergência que inclui governos, organizações internacionais e regionais, agências de cooperação, universidades, fundações, organizações não-governamentais de diferentes culturas e organizações religiosas, setor privado e pessoas em nome individual. Através de sua rede de parceiros, de um consórcio académico e de um Fundo Especial de Emergência, a Plataforma trabalha de forma colaborativa e ativa.

O programa foi lançado em março de 2014 através de uma operação humanitária de resgate, organizada pela Plataforma Global com o apoio do Governo português e que permitiu que 45 estudantes sírios escolhidos entre 2700 candidatos retomassem os seus estudos universitários graças a uma bolsa de estudo de emergência. Desde então, o número de bolsas de estudo tem aumentado continuamente, abrangendo atualmente 119 estudantes que recebem apoio em nove países, embora a maioria se encontre em Portugal. Recentemente, a Plataforma promoveu a implementação de um projeto muito relevante, designado "Mecanismo de Resposta Rápida para Situações de Emergência Académica". O projeto tem o objetivo de permitir uma resposta sistémica para o problema do ensino superior em situações de emergência. Tal projeto revela-se necessário, uma vez que existem no mundo 35 conflitos em curso e mais de 65 milhões de refugiados e deslocados.

A Fundação Bancária "la Caixa" tem um compromisso histórico com a educação e com os refugiados, duas áreas de ação que agora decide abordar com um único projeto que responde às necessidades atuais.

Através do programa EduCaixa, a Fundação “la Caixa” promove a transformação educacional. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das competências dos alunos, oferece à comunidade educativa recursos, atividades e práticas educativas que cumpram esse objetivo. Da mesma forma, a Fundação “la Caixa” concede anualmente bolsas de pós-graduação, doutoramento e pós-doutoramento em Espanha e no estrangeiro.

No que concerne à ajuda humanitária em situações de emergência, a Fundação Bancária "la Caixa", através da sua Área Internacional, colabora há mais de 15 anos com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) no Sudão do Sul, Chade, Síria e países vizinhos. Numa altura em que foi alcançado no mundo um número recorde de deslocados, a Fundação “la Caixa” compromete-se com as vítimas de conflitos armados, tanto em situações de emergência humanitária, como para mitigar as consequências duradouras dos conflitos.

Adicionalmente, a Fundação Bancária "la Caixa" é um dos parceiros iniciais na criação e desenvolvimento de três centros de reabilitação física na Nigéria, no Mali e na República Democrática do Congo, em parceria com o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

A Fundação Bancária "la Caixa" é a primeira Fundação em Espanha e uma das líderes mundiais. Há mais de 100 anos que a Fundação “la Caixa” investe em desenvolvimento social, científico, de investigação, de educação e em cultura. Fruto da entrada do BPI no Grupo CaixaBank, está previsto um investimento em Portugal de 10 milhões de euros para 2018, com a perspectiva de atingir os 50 milhões de euros nos próximos anos. O objetivo é promover o desenvolvimento social e a igualdade de oportunidades, com especial atenção para os grupos mais vulneráveis.