Diário Financeiro

14 de Junho de 2017
Diário Financeiro 15.06.2017

Portugal colocou 1 250 milhões de euros (ME) de Obrigações do Tesouro (OT) a 5 e a 10 anos a taxas de juro inferiores às conseguidas em leilões anteriores para maturidades similares. O montante indicativo situava-se entre 1 000 e 1 250 ME, tendo o Tesouro colocado o montante máximo repartido do seguinte modo: 750 ME a dez anos, com a taxa média a fixar-se nos 2.851%; 500 ME a cinco anos a uma yield de 1.198%. Estas taxas foram inferiores às obtidas em operações comparáveis anteriores, 3.386% a 10 anos e de 1.828% a 5 anos. Na colocação a dez anos, a procura excedeu a oferta em 1.94 vezes e na emissão a cinco anos o rácio “bid-to-cover” situou-se em 3.01 vezes. No mercado secundário, as yields praticadas confirmam a actual tendência de queda, mantendo-se o país apoiado no programa de estímulos monetários do Banco Central Europeu, que inclui a compra de obrigações soberanas.

A taxa de emprego aumentou no primeiro trimestre, face ao período homólogo, 1.5% na Zona Euro e 1.4% na União Europeia. Face ao último trimestre de 2016, entre Janeiro e Março o emprego aumentou 0.4% tanto na Zona Euro como na UE. Segundo o Eurostat, Portugal registou a quarta maior subida (3.3%) entre os Estados-membros. Na comparação com o mesmo período de 2016, Malta foi o país onde o emprego mais cresceu (6.0%), seguindo-se a Irlanda (3.5%), Chipre (3.4%) e Portugal (3.3%), enquanto a Letónia (-2.8%) a Lituânia e a Roménia (-0.4% cada) viram o indicador recuar. Comparando com o trimestre anterior, Estónia (2.8%), Malta (1.7%), Suécia (1.2%) e Irlanda (1.1%) registaram as maiores subidas no emprego e a Letónia (-1.9%), a Roménia (-1.2%), a Croácia (-0.6%) e a Lituânia (-0.5%) as principais quebras. Em Portugal, o crescimento trimestral do emprego foi de 1.0%.

O índice de preços harmonizados no consumidor na Alemanha diminuiu 0.2% em Maio, em relação ao mês anterior, e aumentou 1.4% em relação ao ano anterior, confirmando os valores avançados previamente. Em termos não harmonizados, a inflação em Maio verificou uma variação mensal de -0.2% e anual de +1.5%. Já a inflação nos EUA, no mesmo período, registou uma variação mensal inesperada de -0.1%, tendo a taxa homóloga caído de 2.2% para 1.9%. A descida do preço dos combustíveis está na origem desta queda. Este dado parece vir a contrariar a expectativa de subida dos juros nos EUA agora em Junho.