Todos os vinhos que ostentam a insígnia Niepoort são o espelho do espírito ousado e enraizado da família. Em cada copo há um terroir bem vincado, um espanto que seduz todos os que são curiosos e um respeito profundo pela natureza e pelas mãos dos que se entregaram para que em cada garrafa haja sempre mais do que apenas um vinho.
São seis as gerações responsáveis por redigir a história da família Niepoort desde 1842 até aos dias de hoje. Em comum têm a paixão pelo vinho, uma paixão que respeita a tradição, mas que não tem medo de se aventurar por caminhos novos sempre que a irreverente flor da criatividade é chamada a despontar. Dirk é o atual líder da família, que herdou do seu pai Rolf o desafio de “inovar mantendo as boas tradições”. Os seus filhos, Daniel, Marco e Ana, caminham a seu lado, seguindo-lhe as pisadas para que os próximos capítulos da história da Niepoort continuem a ser fartos e generosos, como o é cada vindima.
Redoma Branco 2020As uvas do Redoma Branco são provenientes de vinhas velhas da margem direita do rio Douro, localizadas a uma altitude que varia entre os 400 e 600 metros. Nestas vinhas predominam maioritariamente as castas Rabigato, Códega do Larinho, Viosinho, Donzelinho e Gouveio. Os seus solos de micaxisto dão origem a vinhos com muita mineralidade, delicados e com grande frescura.
Região: Douro
Castas: Rabigato, Códega, Viosinho, Donzelinho, Dorinto e outras
Vinificação: O ano vitícola de 2020 caracterizou-se pela sua heterogeneidade. Um Inverno chuvoso, seguido de uma Primavera bastante moderada, fez com que a videira se desenvolvesse bem, terminando com um junho bastante fresco o que atrasou esse desenvolvimento vegetativo. O mês de Julho foi austero, bastante quente, o mais quente desde 1931, com três períodos de ondas de calor, causando perdas nas vinhas.
A vindima começou nas primeiras semanas de Agosto nas zonas mais quentes e terminou nas cotas mais altas no final de Setembro.
As uvas para o Redoma provêm de vinhas velhas da margem direita do rio Douro, com altitude entre os 400 e 600 metros. Nestas vinhas predominam solos de Micaxisto, que aliados à complexidade da mistura de castas típicas do Douro, originam vinhos delicados com frescura e mineralidade.
Após seleção criteriosa na mesa de escolha, seguiu-se uma prensagem delicada e decantação a frio durante 24 horas. A fermentação alcoólica ocorreu espontaneamente em barricas de carvalho Francês de 228 e 500 litros, onde repousou durante cerca de 8 meses.
Notas de Prova O Redoma Branco 2020 reflete a elegância, estrutura e acidez que os solos de micaxisto do Douro conseguem exprimir. No nariz é delicado, com notas florais, de citrinos e frutos do pomar, nuances herbáceas e de avelã que lhe dão complexidade e carácter. Na boca tem acidez e uma estrutura leve. O fim de boca é seco e picante. É um branco do Douro consensual, extremamente equilibrado e com potencial de envelhecimento.
Teor de Álcool: 12,3%
Batuta Tinto 2019As uvas para produzir este vinho provêm da vinha do Carril, uma vinha com mais de 70 anos virada a norte, e de vinhas velhas com cerca de 100 anos, próximas da Quinta de Nápoles. O Batuta resulta de uma vinificação delicada, com macerações prolongadas, mas com pouca extração onde todos os detalhes são cuidadosamente considerados para que se obtenha um vinho complexo, fino e elegante. É cheio de concentração, própria das vinhas velhas do Douro, mas simultaneamente fresco e delicado.
Região: Douro
Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz, Rufete, Malvazia Preta e outras
Vinificação: O ano vitícola de 2019 caracterizou-se por um clima seco. A Primavera começou com temperaturas elevadas, que foram diminuindo e se mantiveram baixas durante todo o Verão. Houve alguma precipitação, que ocorreu na altura certa do desenvolvimento da planta e a floração decorreu em excelentes condições climatéricas, originado uma produção média a alta, com uvas bastante sãs. Os dias amenos e as noites frescas do mês de Agosto, originaram maturações lentas e equilibradas.
A Vindima começou no dia 8 de Agosto. O pico de vindima ocorreu na semana de 8 a 15 de Setembro, terminando no dia 1 de Outubro.
Depois de uma seleção criteriosa, quer na vinha quer na adega, a fermentação decorreu em cubas de inox, com maceração pelicular durante cerca de 80 dias. Após a longa maceração o vinho estagiou durante cerca de 20 meses em barricas de carvalho francês, das quais 50% de madeira nova.
Notas de Prova: O Batuta é provavelmente o mais estruturado dos nossos vinhos juntamente com o Robustus. Mas mesmo estruturado mantém a assinatura Niepoort, de delicadeza, elegância e frescura.
A cor é concentrada e quando se agita o copo aparecem laivos violeta.
No nariz tem a característica nota de grafite, nuances florais numa base de frutos silvestres como amora ou cássis muito bem integrados com a madeira.
Na boca é jovem, preciso e estruturado, mas sempre com a frescura e elegância que tanto caracteriza a Niepoort. Termina longo, persistente e picante.
- Teor de Álcool: 12,6%
Poeirinho 2019O Poeirinho é um vinho produzido apenas com uvas das nossas vinhas da Quinta de Baixo, onde praticámos viticultura biológica, com certificação SATIVA. Poeirinho, cujo nome é a antiga designação da casta Baga, é um tributo aos grandes vinhos bairradinos do passado, que eram leves na cor e no grau alcoólico, mas que tinham um enorme potencial de envelhecimento. A grande paixão de Dirk Niepoort por esta casta e pelo fantástico terroir da Bairrada, fez com que ao longo dos últimos anos, procurasse pequenas parcelas de Baga, de vinhas muito velhas, espalhadas pela zona de Cantanhede.
Região: Bairrada
Castas: Baga
Vinificação: O ano 2019 foi um ano com alguma chuva, e com um frio intenso no mês de Março o que veio a originar uma nascença reduzida. Com uma primavera quente, a uva amadureceu mais cedo ,o que levou a uma vindima antecipada. A vindima dos vinhos brancos teve inicio a 26 Agosto, finalizando com os vinhos tintos a 26 Setembro.
Foi um bom ano, com uma acidez equilibrada. Apesar do grau álcool ser mais elevado que o do ano anterior, conseguiu-se mesmo assim manter a frescura e elegância que caracterizam os vinhos da Quinta de Baixo.
O Poeirinho 2019 provém de várias parcelas de vinhas muito velhas. Foi vinificado em lagar aberto e cuba fechada onde fez maceração carbónica e onde fermentou durante 4 semanas terminando a fermentação em tonel. A fermentação malolática decorreu nos tonéis usados , onde estagiou durante 20 meses. Foi engarrafado sem filtração.
Notas de Prova: A cor é violeta de ligeira concentração. O nariz é preciso, muito delicado e complexo. Começa com notas florais e outras mais secas como tabaco, tem uma base de cereja e frutos silvestres como amora, evolui para especiarias e logo revela nuances mentoladas. Na boca tem uma estrutura delicada, elegante, mas com nervo e uma acidez que lhe confere longevidade. Termina longo, persistente e picante.
Teor de Álcool: 12,1%
Conciso Branco 2018É a quinta edição do Conciso Branco, onde mais uma vez se procurou criar um vinho fresco e elegante, que mostre todo o potencial das vinhas velhas e do Terroir de granito do Dão. As uvas são provenientes da Quinta da Lomba, onde existem parcelas quase centenárias com predominância das castas Bical, Encruzado e Malvasia, entre outras castas autóctones da região.
Região: Dão
Castas: Bical, Encruzado e Malvasia
Vinificação: 2018 revelou-se um desafio ao nível das condições climatéricas na primeira fase do ano, com inevitável repercussão na quantidade de fruto disponível para colheita.
Ainda assim, depois de um início chuvoso surgiu um verão quente e bastante seco o que deu origem a um melhor amadurecimento da uva e, em consequência, a um produto final que se espera com muito melhor qualidade.
Após a utilização preventiva de alguns tratamentos, iniciámos a vindima dos brancos em 3 de Setembro, tendo concluído todo o processo com os tintos no dia 10 de Outubro.
Apesar da redução das quantidades, como referido, a melhoria da qualidade é notória, com os vinhos a apresentar níveis de acidez equilibrada e grau alcoólico um pouco mais elevado.
Produzido na Quinta da Lomba, fermentou em cubas de granito e após a fermentação estagiou durante 20 meses em barricas usadas de 228L, sem bâtonnage, onde efetuou a fermentação maloláctica.
Notas de Prova: O Conciso Branco 2018 mostra uma bonita cor citrina. O aroma, fino e envolvente é harmonioso nas notas de fruta branca, ervas aromáticas e perfil mineral. As notas de barrica são discretas e muito harmoniosas. Complexo, é um branco que se vai descobrindo no copo, sempre com mineralidade e frescura. Na boca apresenta um bom volume, ligeiramente untuoso, suportado por uma mineralidade, fruta fresca e acidez que lhe conferem um excelente equilíbrio. Final de boca muito longo e fresco.
- Teor de Álcool: 12,5%
Charme Tinto 2019O Charme é um vinho raro do Douro. A sua elegância e complexidade, os seus taninos envolventes e macios, são uma forma única de expressar as vinhas velhas, mais frescas e abrigadas de Vale de Mendiz, em pleno vale do Pinhão.
Dirk Niepoort tem no Charme a sua derradeira interpretação e denunciada paixão pela região de Borgonha.
Um vinho de assinatura, um vinho ímpar. O Charme é o único vinho tranquilo produzido na adega de Vale de Mendiz, nos lagares redondos de granito.
Região: Douro
Castas: Tinta Roriz, Touriga Franca e outras
Vinificação: Em 2019,a precipitação não foi apenas baixa nos meses de inverno, tendo-se estendido por todo o ano. No entanto, o Douro e, no caso da Niepoort, a sub-região de Cima Corgo, tiveram sorte devido a dois fatores de compensação: em primeiro lugar, os meses de verão foram invulgarmente frescos e, em segundo lugar, a precipitação oportuna nos dias 26 e 27 de agosto, além de alguma chuva muito limitada na terceira semana de setembro, revelaram-se inestimáveis. Como resultado, a análise dos mostos foi muito equilibrada, com grandes níveis de acidez, proporcionando frescura e uma elegância magnífica.
Na adega de Vale de Mendiz, a vindima teve início a 2 de setembro sob condições favoráveis e as últimas uvas foram recebidas na primeira semana de outubro. Os mostos exigiram muito pouco em termos de correções e foram vinificados alguns vinhos muito frescos, elegantes e ácidos para a gama Charme.
Os cachos,100% inteiros foram levemente esmagados por pisa a pé, em lagares de granito. O mais importante neste processo de vinificação é o período de tempo da maceração pré-fermentação e o início da fermentação alcoólica, onde a extração é muito curta, mas intensa. A fermentação do Charme é inicialmente feita em lagares e, em seguida, o processo é concluído em barris. Estagia em barricas de carvalho francês durante 15 meses.
Notas de Prova: A cor é aberta, grená claro e cheia de vivacidade. Em aspeto é provavelmente o mais parecido com um Pinot Noir da Borgonha.No nariz revela a complexidade das castas e vinhas velhas que lhe dão origem. Começa com notas florais muito delicadas, evolui para frutos vermelhos mais no espetro das groselhas e cerejas. A madeira é extremamente discreta, mas complementada por notas balsâmicas ou um mentolado que o torna muito sofisticado. Na boca é a expressão máxima de elegância, precisão, com uma estrutura delicada e uma excelente acidez. Termina longo, persistente, picante e fresco.
- Teor de Álcool: 13%
Redoma Tinto 2019O Redoma foi o primeiro vinho tinto da Niepoort, apresentado pela primeira vez em 1991. É como o Douro, «com grande carácter e personalidade». O Redoma Tinto é produzido a partir de diversas vinhas, na região do Cima Corgo, com mais de 60 anos, maioritariamente viradas a Norte, onde as diferentes castas estão plantadas na mesma vinha, tal como era comum na região e onde predominam a Tinta Amarela, Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, e Tinto Cão.
Região: Douro
Castas: Tinta Amarela, Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, e Tinto Cão
Vinificação: O ano vitícola de 2019 caracterizou-se por um clima seco. A Primavera começou com temperaturas elevadas, que foram diminuindo e se mantiveram baixas durante todo o Verão. Houve alguma precipitação, que ocorreu na altura certa do desenvolvimento da planta e a floração decorreu em excelentes condições climatéricas, originado uma produção média a alta, com uvas bastante sãs. Os dias amenos e as noites frescas do mês de Agosto, originaram maturações lentas e equilibradas.
A Vindima começou no dia 8 de Agosto. O pico de vindima ocorreu na semana de 8 a 15 de Setembro, terminando no dia 1 de Outubro.
As uvas, com 100% de engaço, foram depositadas em lagar de inox com pisadores automáticos, num processo com curta maceração.
Concluída esta fase , o vinho iniciou a sua fermentação maloláctica em toneis de madeira antiga, permanecendo em estágio durante cerca de 22 meses.
Notas de Prova: O Redoma Tinto 2019 reflete toda a elegância, estrutura e acidez que só uma região com a amplitude do Douro consegue exprimir. A cor é rubi, concentrada e quando se agita no copo aparecem laivos violeta. O nariz é delicado, com notas florais, de frutos vermelhos como cereja, nuances mentoladas e um fumado que lhe dá complexidade e carácter. Na boca tem volume, é redondo e picante, preciso e extremamente equilibrado. Termina longo e com uma acidez que persiste e lhe confere longevidade.
Teor de Álcool: 12,4%
Robustus 2015O nome Robustus presta homenagem ao primeiro vinho do Douro, produzido por Dirk Niepoort, o Robustus 1990, e que nunca chegou a ser comercializado. Desde 2004 que o Robustus tem sido vinificado de acordo com os métodos usados na produção dos vinhos tradicionais. O longo estágio em tonel de madeira antiga, imprime maturidade, complexidade, amacia os taninos e confere ao vinho precisão e equilíbrio, sem perder todo o vigor e a frescura aromática. O Robustus provém das nossas vinhas mais velhas, viradas a norte, onde a acidez e a estrutura tânica são elevadas. Numa região extremamente quente, com a diversidade de terroirs e a sabedoria da vinha velha conseguem-se produzir vinhos frescos e de longa guarda.
Região: Douro
Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela, Touriga Nacional, Tinto Cão e outras
Vinificação: As condições climáticas do ano vitícola 2015 foram muito favoráveis, com sol, calor e pouca humidade, permitindo um crescimento vegetativo homogéneo.
O Inverno, com chuva a partir do mês de Março, repôs uma grande parte das reservas de água no solo. No início da Primavera as temperaturas médias foram elevadas e alguma chuva completou a reposição hídrica, permitindo um abrolhamento equilibrado. Depois da floração em Maio, o pintor iniciou-se em Julho, bastante homogéneo, cerca de duas semanas mais cedo que no ano anterior.
Uma das particularidades deste ano vitícola foi a capacidade da vinha em manter-se hidratada durante a maturação. Em finais de Agosto, início de Setembro, as folhas basais mantinham-se verdes e húmidas, com os bagos hidratados e uma película grossa e firme. O equilíbrio dos mostos, a suavidade dos taninos e a intensa concentração de cor indicam que estamos perante um ano excepcional para Vinhos Doc Douro.
As uvas para o Robustus foram selecionadas manualmente à entrada da adega, caindo por gravidade numa cuba de Inox. A fermentação alcoólica e o tempo de maceração foram longos. O envelhecimento em tonéis de 2000 litros durou mais de 4 anos. Deste vinho foram engarrafadas 5200 garrafas em Fevereiro de 2020, sem colagem nem filtração.
Notas de Prova: O Robustus 2015 é um vinho de carácter maturado. Após um estágio prolongado em foudres de 2000L desenvolve aromas terciários algo terrosos com ênfase no aroma de turfa.
Os taninos são sedutores, mas perfeitamente equilibrados, com grande estrutura, que só as vinhas velhas conseguem transmitir. Na boca impressiona pela sua juventude, leveza e tensão, muito fino com um final longo e persistente. Ganha com a decantação!
Teor de Álcool: 12,2%