Meio Ambiente, declaração sobre alterações climáticas

1. Introdução

As alterações climáticas são um dos principais desafios que o nosso planeta enfrenta, com impactos no meio físico, na sociedade e na economia. Trata-se de uma fonte de riscos físicos e de transição, bem como de oportunidades para os países, as empresas e as pessoas.

A comunidade científica e organizações como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) acreditam que apenas as reduções substanciais e sustentadas das emissões de gases de efeito estufa podem limitar o aquecimento global e reduzir os riscos e os impactos das alterações climáticas.

Em 2015, o Acordo de Paris estabeleceu um plano de ação mundial com o objetivo a longo prazo de conter o aquecimento global abaixo de 2 °C, preferencialmente em 1.5 °C.

Neste contexto, o BPI considera essencial a transição para uma economia de baixo carbono, que promova o desenvolvimento sustentável e seja socialmente inclusiva. Para que isso aconteça, torna-se necessária a ação do sector público, privado e da sociedade em geral, mediante o desenvolvimento de estratégias climáticas a longo prazo, convergentes com os objetivos do Acordo de Paris (COP21) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

As instituições financeiras têm um papel fundamental na implementação desses objetivos, tanto diretamente, através das suas próprias operações, como indiretamente, por meio das relações com Clientes, empresas participadas, parceiros de negócios e cadeia de valor.

O BPI prossegue o objetivo de contribuir para a transição para uma economia de baixo carbono, reduzindo o impacto direto das nossas operações e financiando e investindo em projetos sustentáveis.

Este compromisso com o meio ambiente, que nasce da vontade de assumir um papel pró-ativo no desenvolvimento sustentável, também se reflete nas nossas políticas como o Código Ético e Princípios de Atuação e a Política de Responsabilidade Social.

2. Linhas de ação

2.1. Apoiar projetos viáveis e compatíveis com uma economia de baixo carbono e soluções para as mudanças climáticas

No BPI consideramos que o crescimento económico e a redução de emissões são objetivos complementares. Neste sentido, a transição para uma economia de baixo carbono também implica oportunidades financeiras. Para materializá-las, torna-se necessário oferecer soluções viáveis que correspondam às expectativas e necessidades dos Clientes e dos demais grupos de interesse. Como parte destas soluções, o BPI tem financiado, entre outros, projetos sustentáveis de energias renováveis, de eficiência energética, de infra-estruturas e de agricultura.

  • Continuaremos a identificar novas soluções para ajudar os Clientes a responder aos riscos e oportunidades decorrentes das mudanças climáticas, através dos nossos produtos e serviços.
  • Trabalharemos para acelerar o investimento e o financiamento destinados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
  • Apoiaremos os Clientes para que avancem na transição responsável para uma economia de baixo carbono.
  • Continuaremos a disponibilizar produtos de investimento socialmente responsável.

2.2. Gerir os riscos derivados das mudanças climáticas

Os riscos sociais e ambientais, incluindo aqueles relacionados com as alterações climáticas, podem ter impactos financeiros. Neste sentido, estamos a avaliar a gestão de risco social e ambiental no financiamento de projetos e a gradual integração dos critérios ambientais, sociais e de governação nas análises de financiamento e investimento.

  • Trabalharemos no sentido de identificar, gerir e mitigar os riscos relacionados com as mudanças climáticas com um impacto significativo na nossa atividade.

2.3. Minimizar a nossa pegada de carbono

O compromisso ambiental do BPI começa com a redução da contribuição para as mudanças climáticas, minimizando o impacto das operações sobre o meio ambiente.

  • Continuaremos a promover a redução do consumo de energia, água, papel e resíduos, entre outros.
  • Continuaremos a melhorar a nossa eficiência energética, minimizando a emissão de CO2.
  • Promoveremos o desenvolvimento e a distribuição de tecnologias mais respeitadoras do meio físico.

2.4. Colaborar com outras organizações

O âmbito das mudanças climáticas requer colaboração público-privada e uma abordagem multissectorial. No BPI, participamos regularmente em grupos de trabalho e associações dedicadas ao avanço em questões ambientais, incluindo o Grupo de Reflexão para o Financiamento Sustentável, promovido pelo Ministério do Ambiente e da Transição Energética.

  • Continuaremos a trabalhar com outras organizações e instituições, mantendo a nossa participação nas principais associações e iniciativas responsáveis.
  • Contribuiremos para gerar e disseminar conhecimento para promover o desenvolvimento sustentável.
  • Participaremos, quando apropriado, no desenvolvimento de respostas regulatórias firmes, claras, multissectoriais, que incluam os objetivos de investimento necessários e que contemplem os aspetos económicos, sociais e ambientais decorrentes da transição para uma economia de baixo carbono.

2.5. Comunicar o nosso progresso de forma transparente

Dispor de informações rigorosas, relevantes e oportunas é essencial para promover a ação em matéria de mudanças climáticas. Da mesma forma, é fundamental para o correto funcionamento dos mercados. Em consonância, o BPI inclui na sua demonstração não financeira as principais ações relacionadas com o ambiente, como os produtos financeiros verdes.

3. Implementação e seguimento da Política

O Conselho de Administração é responsável por aprovar esta Declaração e por supervisionar e monitorizar a implementação do que nela é previsto.

A Comissão de Responsabilidade Social tem a missão de acompanhar e supervisionar a atuação do BPI em relação às questões de responsabilidade corporativa, e de submeter ao Conselho de Administração as propostas que julgar pertinentes.

Em relação à supervisão de riscos, a Comissão de Riscos do BPI é responsável pela supervisão e análise dos processos de informação e controlo do BPI, incluindo os riscos não financeiros.

Esta Declaração será revista e atualizada periodicamente. Declaração aprovada pelo Conselho de Administração em 25 de outubro de 2019.