Diário Financeiro

25 de Maio de 2017
Diário Financeiro - 26.05.2017

O Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha cresceu 0.8% no primeiro trimestre do ano face ao trimestre precedente e 3% em termos homólogos, segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE). O crescimento foi sustentado pela procura interna que registou um contributo de 2.2 pontos para o crescimento anual do PIB. As exportações aumentaram 8.4% (quase o dobro face aos 4.4% do trimestre anterior). Já as importações aumentaram 4.1 pontos de 2.3% para 6.4%. Já o contributo da procura externa foi de 0.8 pontos. Na análise por componentes, o consumo das famílias aumentou 0.4% no primeiro trimestre, ainda que o ritmo de crescimento tenha desacelerado três décimas relativamente ao final de 2016. Por outro lado, o consumo público cresceu 0.3% depois da queda de 0.2% registada nos três meses anteriores. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aumentou 2.0% no primeiro trimestre, face aos três meses anteriores, o que consiste no maior aumento desde o segundo trimestre de 2015. Grande parte deste investimento resultou da expressiva retoma do sector da construção. No entanto, não está esquecida (sobretudo pela banca) a bolha imobiliária que, durante a crise do euro, arrastou a globalidade da economia espanhola para a recessão.

Relativamente a Portugal, a Moody’s reconhece que a recomendação de saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) reforça a confiança no país por parte dos investidores. Existe mesmo a convicção por parte desta agência rating norte-americana que Portugal manterá o défice fiscal abaixo dos 3% em 2017 e 2018. Contudo, face aos avisos da União Europeia, o desafio do país para os próximos dois anos será cumprir os ajustamentos estruturais impostos, nomeadamente ao nível ajustamentos fiscais estruturais, havendo ainda falta de informação por parte do governo português.

Ontem, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu prolongar os cortes de produção de petróleo por mais nove meses, até Março de 2018 (cortes que constam do acordo que está vigente até final de Junho), numa altura em que o cartel de produtores mantém o combate ao excedente global de crude depois de ver os preços caírem para metade e as receitas diminuírem fortemente nos últimos três anos. Pretende-se alcançar um novo equilíbrio de mercado que possa suportar uma evolução favorável dos preços. Em resultado desta decisão, o preço do Brent encontra-se a transaccionar nos mercados em torno dos $54.