Nota Informativa

9 de Setembro de 2022
nota breve 09.09.2022 
  • O BCE aumentou as suas taxas de juro diretoras em 75 p.b. colocando a taxa da facilidade de depósito (depo) e das operações de refinanciamento (refi) em 0,75% e 1,25%, respetivamente. A elevada inflação e a expectativa de que se mantenha acima do objetivo de 2% durante um período de tempo prolongado forçaram o BCE a aumentar as taxas de juro numa magnitude invulgarmente elevada.
  • Olhando para as próximas reuniões, Christine Lagarde explicou que haverá mais subidas de taxas, e que a intensidade dependerá da evolução dos dados económicos. O BCE considera que ainda está longe da taxa de juro necessária para trazer a inflação de volta aos 2% e que a atual orientação da política monetária é acomodatícia.
  • Esta decisão foi acompanhada por uma profunda revisão das previsões macroeconómicas, que preveem uma estagnação do crescimento económico na segunda metade de 2022 e no primeiro trimestre de 2023 e uma inflação mais elevada até 2024 (ao longo de todo o horizonte de projeção, a inflação é superior a 2%). Particularmente significativa é a revisão da previsão da inflação para 2023 (de 3,5% para 5,5%).
  • A determinação do BCE em combater a inflação elevada resultou em aumentos significativos dos rendimentos das obrigações soberanas, mas não impediu que o euro se mantivesse abaixo da paridade face ao dólar americano.