Exposição Outros Mundos na Guarda

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A Fundação ”la Caixa” transforma a cidade da Guarda num museu a céu aberto de 8 de abril a 1 de maio.
07-04-2022
  • Após milénios de especulação acerca dos pontos de luz móveis a que os antigos gregos chamavam πλανήτης (“viajantes”; planētēs, em latim), sabemos hoje, pela primeira vez na História, a verdadeira natureza dos astros que constituem o nosso Sistema Solar. 
  • A exposição Outros mundos. Viagem pelo Sistema Solar guiada por Michael Benson, foi apresentada pela primeira vez em Espanha em 2020. Chega agora a Portugal, com a colaboração do BPI, da Câmara Municipal da Guarda e do Centro de Estudos Ibéricos, no formato Arte na Rua, para proporcionar um percurso científico e artístico pelo sistema planetário através de 40 fotografias de grande formato, selecionadas e processadas pelo cineasta, artista e escritor norte-americano Michael Benson.
  • O autor escolhe e trata imagens originais a preto e branco captadas em várias missões planetárias das principais agências espaciais, como a ESA e a NASA, para compor mosaicos a cores. O resultado é uma viagem pela incrível diversidade de mundos que constituem o Sistema Solar através de fotografias de enorme beleza obtidas ao longo de seis décadas de exploração robotizada.
  • Outros mundos. Viagem pelo Sistema Solar faz parte do programa Arte na Rua, através do qual a Fundação ”la Caixa” pretende levar a ciência e a cultura às pessoas fora do contexto habitual dos museus e das salas de exposição. 

Sérgio da Silva Costa, presidente da Câmara Municipal da Guarda, e Artur Santos Silva, curador da Fundação ”la Caixa” e presidente Honorário do BPI, acompanhados pelo comissário Kike Herrero, inauguraram hoje a exposição Outros mundos. Viagem pelo Sistema Solar guiada por Michael Benson. A exposição reúne 40 imagens de grande beleza do nosso Sistema Solar obtidas em várias missões planetárias e posteriormente processadas pelo fotógrafo, artista e escritor norte-americano Michael Benson.
 
Um dos objetivos prioritários da Fundação ”la Caixa” é levar a cultura, a ciência e o conhecimento à sociedade. A divulgação é um instrumento fundamental para promover o crescimento das pessoas e, por esta razão, a Fundação ”la Caixa” e o BPI trabalham de forma a levar o conhecimento a públicos de todas as idades e níveis de educação.

Com o programa Arte na Rua, a Fundação ”la Caixa” pretende mostrar a obra de artistas de renome no panorama internacional. Desta vez, vai converter a Guarda num museu a céu aberto e unir a arte à ciência. O programa Arte na Rua foi lançado em 2006 e, desde então, tem levado ao público criações de figuras de destaque da modernidade, como Auguste Rodin, Henry Moore e o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, entre outros. Agora, com a exposição de Benson, o programa integra uma nova linha centrada na ciência e na natureza.

Amante da ciência, Benson escolhe e trata imagens originais a preto e branco com diferentes filtros e combina-as, usando por vezes centenas dessas imagens para compor os mosaicos a cores sem descontinuidades apresentados na exposição: panorâmicas fascinantes que, mesmo nos dias de hoje, ainda estão fora do alcance da experiência humana.

O fascínio pelo céu noturno tem sido recorrente ao longo da história da civilização. No entanto, foi só em 1957, com o lançamento do primeiro satélite que orbitou a Terra, que a humanidade se aventurou na exploração do espaço. Durante os 70 anos que se seguiram, foram levados a cabo os primeiros grandes projetos de exploração dos mundos extraordinariamente diversos que compõem o Sistema Solar, dando origem a uma história audaz e absolutamente transcendental. Alguns destes contributos estão espelhados nas imagens de Outros mundos.

Desde o início da exploração espacial, tornou-se possível ver o nosso planeta do tamanho de uma ervilha e, mais tarde, do tamanho de um pixel, graças às viagens que os nossos embaixadores robóticos têm feito a locais nunca antes visitados por seres humanos. Em Outros mundos, o legado visual deixado por estas viagens não é apenas valorizado pela sua importância em termos científicos, mas também por constituir um capítulo singular na história da fotografia.

A obra resultante ilustra de forma vívida a veracidade da afirmação programática utópica feita em 1912 por Konstantin Tsiolkovsky, o visionário russo dos voos espaciais: “a Terra é o berço da humanidade, mas não se pode ficar no berço para sempre”
 
Michael Benson, escritor, artista e cineasta

Michael Benson (31 de março de 1962) trabalha na interseção da arte com a ciência. Escritor, artista e cineasta, organizou, na última década, uma série de exposições a nível internacional sobre fotografia de paisagens planetárias. Benson recolhe imagens em bruto, dobtidas nas missões planetárias das principais agências espaciais, e processa-as para criar paisagens de grande formato. Edita, compõe mosaicos e, por fim, otimiza essas imagens, produzindo fotografias perfeitas de paisagens fora do alcance da experiência humana direta.

A sua exposição Otherworlds: Visions of our Solar System, que conta com música ambiente especialmente composta por Brian Eno e intitulada Deep Space, foi inaugurada na Jerwood Gallery do Museu de História Natural de Londres, em janeiro de 2016. Desde então, foi exibida no Museu de História Natural de Viena e no Museu de Queensland em Brisbane, Austrália.

O seu livro Cosmigraphics: Picturing Space Through Time, publicado em 2014, foi finalista do Book Prize do Los Angeles Times. A sua última obra, Space Odyssey: Stanley Kubrick, Arthur C. Clarke and the Making of a Masterpiece, que analisa a produção do filme 2001: Odisseia no Espaço, foi publicada por ocasião do 50.º aniversário do filme.
 

V Encontros “Imagem & Território: Fotografia sem Fronteiras”


A exposição de fotografia Outros mundos da Fundação “la Caixa” integra  a programação de atividades dos V Encontros “Imagem & Território: Fotografia sem Fronteiras”, que irão decorrer de 21 a 24 de abril de 2022, na Guarda. Incluidos no projeto “Transversalidades”, estes encontros em torno da Fotografia e do Território  resultam do envolvimento ativo do Centro de Estudos Ibéricos na cooperação territorial e no seu compromisso com o território fronteiriço da Raia Central Ibérica. Através de diversas atividades, nomeadamente exposições, debates, mostras e publicações, o Centro de Estudos Ibéricos dinamiza a cooperação e a inclusão dos territórios de baixa densidade de aquém e além fronteiras, rompendo com a exclusão e invisibilidade a que estes estão votados.

| ARTE NA RUA |
OUTROS MUNDOS

de 8 de abril a 1 de maio de 2022

Praça Luís de Camões
Guarda

Exposição aberta 24 horas por dia para visita livre

Visitas guiadas
Sábados, às 16h30. Domingos, às 11h00 

 

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